Chega de Feminicídio: Sindsef/RO apoia o ‘Levante Nacional Mulheres Vivas’
O movimento, que ganhou força nas redes sociais, denuncia o “projeto de extermínio” contra as mulheres e cobra o fim da violência doméstica e da impunidade.
O Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Rondônia (Sindsef/RO) manifesta seu total apoio ao movimento “Levante Nacional Mulheres Vivas”. A mobilização busca dar um basta à violência de gênero e ao feminicídio, pautas urgentes que afetam diretamente a sociedade e a categoria das servidoras públicas.
O movimento ganhou grande repercussão nesta semana através de um vídeo viral protagonizado pelo influenciador e ativista Adriano Di Carvalho. A peça audiovisual expõe uma realidade brutal: a violência contra a mulher não escolhe classe social, fama ou conta bancária.
No vídeo, são relembrados casos recentes e chocantes, como o da jovem que teve as pernas amputadas após ser atropelada propositalmente pelo ex-companheiro, e depoimentos de figuras públicas como Xuxa, Ana Hickmann e Luiza Brunet, que também foram vítimas de abusos.
“Você vai concordar comigo que a gente não está diante de tragédias isoladas.
A gente está diante de um projeto de extermínio”, alerta o vídeo da campanha, reforçando que todas essas violências nascem da mesma raiz: relações tomadas pelo controle e a recusa masculina em aceitar a autonomia feminina.
O Sindsef/RO entende que a luta sindical vai além das questões salariais e trabalhistas; ela é, fundamentalmente, uma luta pela vida e pela dignidade humana. Em um estado e um país onde os índices de feminicídio são alarmantes, o sindicato reforça que o silêncio é cúmplice da violência.
A entidade se une ao coro de “Basta!” e convoca não apenas as mulheres, mas também os homens da categoria a refletirem sobre seu papel na desconstrução do machismo estrutural. Como destacado na campanha, “a violência contra a mulher começa no silêncio entre nós [homens]”.
Embora o Senado tenha aprovado recentemente o aumento da pena máxima para feminicídio para 40 anos, a punição, por si só, não basta se não houver uma mudança cultural profunda.
É necessário combater a certeza da impunidade, exemplificada no caso citado no vídeo de um agressor que, mesmo filmado atacando uma porteira, foi liberado para responder em liberdade. A verdadeira mudança, defende o movimento, passa pela educação nas escolas e dentro de casa, criando meninos que saibam lidar com frustrações e enxerguem as mulheres como iguais.
O sindicato reafirma: mexeu com uma, mexeu com todas. A luta pelo fim da violência é uma luta de todos nós.