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Docentes com 40 anos de serviço: Sindsef-RO luta para levar pioneiros ao topo da carreira

A valorização dos profissionais que dedicaram décadas à educação em Rondônia ganhou um novo fôlego com as recentes mobilizações do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Rondônia (Sindsef-RO). O foco central da entidade agora é a correção de uma injustiça que atinge os chamados “professores pioneiros” servidores com 30, 35 e até 40 anos de serviço que, devido a falhas na implementação de progressões funcionais ao longo dos anos, ainda se encontram em níveis iniciais da carreira. Essa situação gera um contraste gritante com os professores que estão sendo transpostos atualmente para os quadros da União, que já ingressam no topo da carreira.

Para reverter esse cenário, o Sindsef-RO participou de uma reunião em Brasília no último dia 17 de Dezembro, com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Durante o encontro, a assessoria jurídica do sindicato cobrou a aplicação de instrumentos normativos que permitam a reanálise e a revisão das progressões desses pioneiros. A expectativa é que, com a implementação dessas medidas pela Diretoria de Gestão de Pessoas (DIGEP) e pela Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), as distorções sejam finalmente sanadas. Além disso, a regularização dessas carreiras abre caminho para que os professores possam buscar judicialmente o pagamento das diferenças retroativas, referentes aos valores que deixaram de receber enquanto estavam enquadrados em níveis inferiores ao que tinham direito pelo tempo de serviço.

O presidente do Sindsef-RO, Almir José, reforçou o compromisso da diretoria em não medir esforços para garantir esse direito aos profissionais. Segundo ele, a entidade já aprovou a contratação de especialistas para capacitar os membros da CPPD, garantindo que o processo de revisão ocorra com a máxima celeridade e segurança técnica. “Nós estamos atentos e buscando de todas as formas resolver essa situação, que é uma questão de justiça com os nossos professores pioneiros. Ficamos felizes pelas vitórias dos professores da transposição, mas precisamos agora fazer justiça com aqueles que construíram a base da nossa educação e que deveriam estar no topo da carreira pelo tempo de trabalho dedicado”, afirmou Almir José.

Com o planejamento para 2026 já em curso, o sindicato planeja manter a pressão política e jurídica para que cada servidor pioneiro seja reenquadrado corretamente. A meta é assegurar que o reconhecimento não venha apenas em forma de agradecimento, mas se reflita de maneira efetiva no contracheque e na dignidade desses trabalhadores. O Sindsef-RO encerra o ano reafirmando que a luta pela paridade e pelo respeito aos direitos conquistados continuará sendo a prioridade absoluta da gestão.

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